Considerado
um dos segmentos mais atrativos do nosso agronegócio, o mercado de
florestas plantadas ocupa sete milhões de hectares do território
nacional, gera 540 mil empregos diretos e, em 2015, rendeu R$ 69
bilhões, valor que representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Além
disso, o Brasil é o maior exportador do mundo de celulose de eucalipto,
matéria-prima utilizada na produção de papel e celulose, mercado que
registrou no último ano um faturamento de US$ 9 bilhões, de acordo com a
Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).
A
atividade também pode ser vista como uma solução sustentável para
combater o desmatamento no Brasil, pois ajuda a suprir as necessidades
econômicas e ainda minimiza a procura por madeira extraída de forma
ilegal. Outra vantagem é que o plantio contribui com a redução dos gases
do efeito estufa e com o sequestro de carbono, isso porque, cada
hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver de 150 a 200
toneladas de gás carbônico (CO²) da atmosfera.
Além
de todos os benefícios, o mercado também favorece a indústria de
equipamentos destinados ao cultivo e manejo florestal. Afinal, quando
falamos em florestas plantadas, devemos pensar em todas as etapas da
cadeia produtiva, pois apenas com o auxílio de tecnologias adequadas é
possível realizar o trabalho de maneira segura e eficiente.
Quando
avaliamos uma área de cultivo de eucalipto, por exemplo, o manejo
geralmente é terceirizado por empreiteiros florestais, responsáveis por
entrar com máquinas para fazer o corte e o desgalhamento das árvores
para a posterior venda. Nesse ponto, temos duas formas de trabalho: nos
terrenos grandes e planos, o equipamento mais indicado é o harvester,
capaz de derrubar, descascar e processar as árvores; já, em áreas
menores ou íngremes, a melhor forma de realizar o corte e a desbrota são
realizados com o uso de motosserra e roçadeira, respectivamente.
No
entanto, alguns pontos merecem atenção quando falamos em motosserras,
pois a indústria de equipamentos destinados ao manejo florestal trabalha
constantemente para desenvolver ferramentas que garantam a segurança
dos operários. Por isso, além dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs), existem motosserras com sistemas especiais de freios, ativados
para travar a corrente e evitar possíveis acidentes caso o operador faça
um movimento brusco. Outra tecnologia disponível é o freio acionado de
acordo com a postura, ou seja, se o operador está com uma postura
errada, a máquina trava a corrente e no sabre automaticamente.
Já
para os médios e pequenos produtores, é possível utilizar também
pulverizadores para fazer o controle de pragas, atomizadores destinados à
aplicação de insumos e calcário para a correção de solo e roçadeiras
próprias para a desbrota, o que minimiza o esforço físico no trabalho.
Como
podemos notar, o segmento está muito bem estruturado, pois garante
lucratividade, auxilia na preservação do meio ambiente e ainda estimula o
trabalho das indústrias de equipamentos. Essa é uma cadeia de negócios
altamente produtiva e, certamente, o país ainda será uma das maiores referências em manejo de florestas plantadas.
* Paulo Figueiredo consultor técnico de produtos da Husqvarna, líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes.
Fonte: Grupo Image
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