A
criação de peixes em cativeiros se tornou uma atividade altamente
lucrativa nos últimos anos em nosso país. Para se ter uma ideia, em
2016, o Brasil registrou um crescimento da atividade em 10%, o que
resultou em um faturamento de R$ 4,5 bilhões. Além do mais, de acordo
com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), o consumo per capita de pescados no Brasil chegará a
12,7 quilos em 2025, número 32,3% maior que os 9,6 quilos consumidos
anualmente entre 2013 e 2015.
Para
acompanhar esse crescimento, a aquicultura - atividade baseada no
cultivo de organismos aquáticos em espaços controlados - deverá dobrar
de tamanho nos próximos anos, passando de uma média de 560 mil
toneladas, entre 2013 e 2015, para 1,145 milhão de toneladas em 2025.
Hoje, o principal estado produtor é Rondônia, que registrou um
crescimento de aproximadamente 400% entre os anos de 2010 e 2015, tendo o
tambaqui como uma das principais espécies.
O
Acre também conta com um projeto grandioso nesse segmento. O estado
possui o Complexo Industrial de Piscicultura Peixes da Amazônia, com
capacidade anual de produção de até 15 milhões de espécies, como o
tambaqui, pirarucu e pintado, e de processamento de 20 mil toneladas de
cortes. Além disso, no último ano, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Tocantins receberam investimentos de grande porte por meio da iniciativa
privada para expandir a atuação.
Com
o fortalecimento em todo o país, empresas que atuam no agronegócio
passaram a investir também em tecnologias destinadas ao segmento. O
objetivo é otimizar o trabalho, garantir o aumento da segurança e,
consequentemente, contribuir com o aumento da produtividade. A
Husqvarna, multinacional sueca líder global em equipamentos para o
manejo de áreas verdes, é um bom exemplo dessa tendência, pois enxergou
no Atomizador uma solução eficiente para auxiliar no processo de alimentação dentro dos tanques de peixes.
O
equipamento, que também é utilizado na aplicação de defensivos na
agricultura, permite que a ração seja lançada de maneira uniforme em
todo o tanque de criação. Com seu uso, é possível minimizar a disputa
dos peixes por alimento e, dessa forma, contribuir com o ganho de peso
uniforme dos alevinos (peixes recém-saídos dos ovos) ou pescados de
maior postura. Isso garante a qualidade e o maior valor no momento da
comercialização.
O
ponto mais importante é enxergarmos que, assim como evoluímos em
diversos segmentos da agricultura, temos um grande potencial para também
nos destacarmos com a aquicultura. O país registra a 14ª maior produção
do mundo, porém, com investimentos e o aprimoramento de tecnologias
destinadas ao setor, em breve poderemos nos orgulhar em dizer que somos
uma das maiores potências mundiais na atividade.
* Paulo Figueiredo - consultor técnico de produtos da Husqvarna, líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes.
Fonte: Grupo Image
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