A
taxa de crescimento da renda domiciliar per capita aumentou em todos os
setores da população, sendo maior entre as parcelas mais pobres.
Nos
últimos 10 anos, a desigualdade social e a pobreza foram reduzidas de
forma drástica no Ceará, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD), apresentada pelo Instituto de Pesquisa e
Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), na tarde desta terça-feira
(17). A renda domiciliar per capita também aumentou em todos os setores
da população. O crescimento maior foi apresentado entre as parcelas
mais pobres. Os 10% mais pobres, por exemplo, apresentaram um
crescimento médio de 85,1% na renda, entre 2004 e 2014.
O
percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza no Ceará reduziu de
47,5%, em 2004, para 17,3%, em 2014, de acordo com o estudo, encabeçado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para avaliar
a evolução da renda das famílias no Brasil. "A renda dos 10% mais
pobres do Ceará cresceu graças a políticas públicas voltadas para
pessoas mais carentes. De fato está acontecendo e a tendência é que
essas políticas sejam mantidas", avalia o diretor do Instituto de
Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, Flávio Ataliba.
O
percentual de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza no Ceará caiu
de 18,6% para 6,3%. A linha de extrema pobreza foi estabelecida,
inicialmente, em R$ 70 per capita, em julho de 2010. O valor corrigido
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e PNAD corresponde a
R$ 89 em setembro de 2014. Já o valor estabelecido para a linha da
pobreza é igual ao dobro da linha de extrema pobreza (o dobro de R$ 89,
ou seja R$ 178).
Segundo Flávio Ataliba, as políticas voltadas
para distribuição de renda, estão entre os principais fatores para a
melhoria de vida da população. "Em 2004, nós tínhamos 47,5% da população
em situação de pobreza e este número reduziu para 17%, o que demostra
que o Estado acertou a política pública para garantir a renda da
população", afirmou.
Rendimento
O
rendimento médio mensal real no Ceará aumentou de R$ 713, em 2004, para
R$ 1.113, em 2014. Comparando o primeiro e o último ano, houve um ganho
real de 56%. Já a renda domiciliar per capita (dividida por pessoa)
média mensal no Ceará recebeu um incremento de 67% nesses 10 anos. Em
2004, era de R$ 369,5, chegando a R$ 619,3 em 2014. Considera-se real,
os valores que determinam um mesmo poder de compra em períodos distintos
comparados.
"A renda das famílias cearenses cresceu em média 67%
nos últimos 10 anos em termos reais e felizmente o Estado do Ceará está
no caminho certo das políticas públicas voltadas para as populações
mais carentes", disse Flávio Ataliba.
RMF
A
pobreza por renda per capita na Região Metropolitana de Fortaleza
reduziu de 35,1%, em 2014, para 6,6% em 2014. Pelo mesmo parâmetro, a
pobreza na zona urbana de todo o estado caiu drasticamente de 48,8% para
19,1%, enquanto a zona rural caiu de 68,9% para 34,1%.
O
percentual de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de
extrema pobreza foi reduzida na RMF de 10,6% para 1,9%. Em todo o
Estado, a área urbana reduziu a extrema pobreza de 18,3% para 6,5%. Já a
zona rural reduziu de 34,3% para 14% nesse período.
Fonte e foto: Governo do Estado do CE
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