Da Agência Lusa
Mais de 60 ministros do Meio Ambiente de todo o mundo reúnem-se a
partir deste domingo (8) em Paris para concluir os preparativos da 21ª
Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), que começa no final de
novembro na capital francesa.
Após uma sessão de abertura conduzida pelo ministro dos Negócios
Estrangeiros francês e presidente da Conferência Paris Clima 2015 (COP
21), Laurent Fabius, e pelo ministro do Ambiente peruano e presidente da
Conferência da ONU sobre as negociações climáticas em Lima (COP 20),
Manuel Pulgar Vidal, os representantes de todo o mundo começaram a
debater divergências e as várias etapas necessárias para alcançar a
ambiciosa meta global de limitar o aumento da temperatura global no
nível recomendado de dois graus Celsius.
Na sua intervenção, Fabius destacou que este encontro preparatório da
cimeira – “o maior realizado até hoje “ -, tem como objetivo avançar
com os trabalhos para a concretização de um acordo global “ambicioso”,
reconhecendo, no entanto, que o processo será “muito difícil e renhido,
porque as posições defendidas não são as mesmas”.
“Já foi feito muito trabalho, mas como acontece nas corridas de longa
distância, muitas vezes os últimos quilômetros são os mais difíceis”,
disse o chefe da diplomacia francesa, recordando que o projeto de texto
do futuro acordo de Paris foi recentemente alcançado por negociadores na
cidade alemã de Bonn.
“Muitos preferiam um texto mais curto, mas está estruturado (…) e
mais importante foi aceito” como base para as negociações finais em
Paris, acrescentou Laurent Fabius, esperando que o texto alcançado em
Bonn consiga reunir o apoio político necessário e abrir caminho para um
acordo final.
Segundo Fabius, a ambição (do acordo) não passa só pela redução de
emissões de gases de efeito de estufa, nomeadamente as emissões de
dióxido de carbono (CO2), mas também pela ampliação dos meios
financeiros e tecnológicos para a luta contra as alterações climáticas.
A equidade entre os países desenvolvidos e as nações em
desenvolvimento e os respetivos contributos é outra das questões que
está sempre em foco. “Se não chegarmos a um acordo [na reunião de
Paris], a opinião pública internacional não irá perceber. Mais tarde
será tarde demais. Espero que os ministros estejam à altura da
responsabilidade”, disse.
Entre os países presentes nesta reunião preparatória estão os
principais emissores de gases de efeito estufa como Estados Unidos,
China, Índia, Brasil ou Rússia, mas também os países mais vulneráveis
aos efeitos das alterações climáticas como Bangladesh ou o Níger.
A reunião ministerial ocorre até terça-feira (10) na capital francesa.
Fonte e foto: http://jornalggn.com.br/noticia/ministros-se-preparam-para-cop-21-em-paris
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