

Camilo Santana ressaltou, ainda, o destaque nacional do Estado do Ceará na busca por leis mais efetivas sobre o Meio Ambiente. "O Estado do Ceará tem sido pioneiro. Foi o primeiro que iniciou a sua legislação ambiental no país. Isso é uma grande demonstração da importância que as políticas públicas têm dado para o cearense e para o Estado".

No evento de lançamento das pesquisas, foram detalhados os avanços técnicos para que todos os dados pudessem ser divulgados com precisão científica. A Superintendência Estadual do Meio Ambiente apresentou a representantes dos governos, do mercado e da sociedade como utilizar os dados dos levantamentos em suas tomadas de decisão. Participaram deste momento os 35 representantes do Estado, das universidades e da sociedade com assento no Conselho Estadual do Meio Ambiente. As informações das duas pesquisas estão disponíveis para consulta no site da Semace: www.semace.ce.gov.br.
Superintendente da Semace, o engenheiro florestal José Ricardo Araújo Lima enfatizou que o trabalho científico produzido representa marco histórico para o Estado do Ceará, envolvendo a evolução de estudos, pesquisas de campo e também trabalhos práticos desenvolvidos pela Universidade Federal do Ceará.
"Nós abraçamos esse estudo do Inventário Florestal, pois é algo de extrema importância e há mais de 20 anos não era feito. Antes a pesquisa era mais focada na biomassa ambiental, ou seja, a parte mais de lenha, etc. Hoje se visa à identificação melhor das espécies, a coleta de amostra dos solos, entrevistas com moradores que vivem próximos à região florestal. Com isso chegamos a informações riquíssimas. Esse trabalho servirá como política pública de conservação e dará ao Ceará a possibilidade de desenvolver novos estudos", apontou o engenheiro.
Também presente no encontro, a secretária Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza, Águeda Muniz, exaltou a qualidade e empenho das abordagens dadas pela equipe do Governo do Ceará. "Isso tudo aqui nos mostra com detalhes ricos a importância que é nós cuidarmos e utilizarmos de forma consciente os recursos do meio ambiente. Esse investimento trará muitos benefícios à Fortaleza e a todo o Estado".
Link para acesso ao Inventário Florestal: http://www.semace.ce.gov.br/institucional/servicos-institucional/inventario-florestal-nacional-ifn/
Link para acesso ao ZEE: http://www.semace.ce.gov.br/institucional/servicos-institucional/zoneamento-ecologico-economico-zee/
Sobre os documentos
Inventário Florestal
A pesquisa dos dados biofísicos e socioambientais seguiu, pela primeira
vez, um único padrão adotado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB)
para todos os estados, e está em consonância com os parâmetros
praticados mundialmente. Nos questionários aplicados junto à população
residente, três a cada quatro entrevistados informaram utilizar a
floresta de alguma maneira. Os dados atualizados e seguros sobre a
quantidade e a qualidade das nossas florestas servirão para elaborar,
executar e avaliar políticas públicas mais eficientes e eficazes.
Números
O Inventário Florestal mostra que o Ceará tem 57% do seu território
coberto por floresta, o que equivale a 8,5 milhões de hectares. A
Caatinga, bioma característico da região Nordeste, representa 88% dessa
cobertura vegetal.
O levantamento também identificou áreas de cerrado, floresta ombrófila, estacional e pioneiras. A Serra da Meruoca apresentou maior área com cobertura florestal, com 87% de sua extensão, enquanto Pacajus ficou com a menor cobertura, apenas 15%.
O estudo identificou ainda 776 espécies vegetais e 346 espécies de árvores. A espécie arbórea mais encontrada foi o marmeleiro. A mais abundante em áreas fora das florestas foi a carnaúba, o vegetal símbolo do Ceará que consta inclusive do Brasão do Estado.
Investimento
O investimento neste estudo foi de R$ 3.500,777,26, com origem em quatro fontes:
– Serviço Florestal Brasileiro: R$ 1.050.000.00 – Compensação Ambiental (Fonte 16): R$ 1.400.443,93 – Governo do Ceará (Fonte 00): R$ 917.000.00 – Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Fonte 70): R$ 133.333,33
O Projeto de Reestruturação do Mapeamento do Zoneamento Ecológico e Econômico da Zona Costeira e Unidades de Conservação Costeiras tem o objetivo de descrever a caracterização ambiental integrada da Zona Costeira do Ceará, utilizando a escala 1:10.000, a partir da utilização de geotecnologias e da obtenção dos resultados disponibilizados em um sistema de informações geográficas. Com as novas informações, o Governo do Ceará terá mais elementos para atrair investimentos que promovam o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável.
Os produtos do estudo também ajudarão no planejamento territorial e no estabelecimento de diretrizes para o zoneamento da faixa costeira do Estado. O estudo dará precisão no posicionamento cartográfico das unidades mapeadas, facilitando suporte técnico à Semace, na execução de suas atividades de planejamento, fiscalização, licenciamento e monitoramento ambiental.
Avanço
No âmbito do projeto, foram adquiridas novas imagens, por meio de aerolevantamento realizado em 2014. A obtenção dos dados utilizou tecnologia de ponta baseada em imagens obtidas por processo a laser, com câmeras de imageamento, e sensores que detectam com grande exatidão a superfície do terreno. A partir do Mapeamento ZEE, o Estado e o mercado passarão a ter dados atualizados e confiáveis para tomar suas decisões, respectivamente, em relação a políticas públicas ou a investimentos.
O ZEE representa um avanço metodológico com a adoção de novas tecnologias. O mais recente levantamento tem mais de 10 anos, quando o litoral ainda não contava com empreendimentos de alto impacto ambiental. Entre 2004 e 2006 a Semace, em parceria com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC) e o Instituto de Ciências do Mar (Labomar), elaborou o ZEE (Zona Costeira), tendo como destaque o material cartográfico com o mapeamento das unidades geoambientais na escala 1:25.000.
Investimento
O Projeto tem aporte de R$ 2.759.998,43 e é proveniente de recurso de compensação ambiental. As informações constam no Portal da Transparência. A empresa Geoambiente, vencedora da licitação, é responsável pelo projeto.
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