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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Em Paracuru - Tartaruga verde é resgatada por agentes da Semace

No último dia 03 de agosto, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), por meio do Setor de Defesa da Fauna da Diretoria de Fiscalização (Difis), realizou o resgate de uma tartaruga marinha no município de Paracuru.

A tartaruga, da espécie Chelonia mydas, popularmente conhecida como aruanã ou tartaruga verde, estava sob os cuidados dos Srs. Mozart Araújo e Ian Luz, que realizaram o resgate do animal na praia de Paracuru e entraram em contato com a Semace para que a Autarquia fosse ao local a fim de resgatá-lo.

A Equipe de Fauna procedeu com a retirada do espécime, que estava na residência do Sr. Mozart e fez o transporte até a sede do Projeto Tamar, na localidade de Almofala, município de Itarema, onde foi recebida pela equipe técnica do órgão.

O animal possuía, aproximadamente, 69 cm de comprimento e 64 cm de largura de casco, pesando por volta de 25 Kg, sendo, portanto, um indivíduo juvenil. A tartaruga permaneceu na base do Projeto Tamar por três dias, e após o manejo e cuidados realizados, encontrava-se apta para soltura, sendo liberada no mar.

Saiba mais

A tartaruga-verde ou aruanã é uma das cinco espécies de tartaruga marinha de ocorrência no território brasileiro. Suas áreas de desova no Brasil ocorrem principalmente nas ilhas oceânicas, Ilha da Trindade (ES), Atol das Rocas (RN) e Fernando de Noronha (PE). Na costa brasileira, áreas de desova secundárias ocorrem no litoral norte do Estado da Bahia. Esporadicamente ocorrem também ninhos nos estados do Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte.

Devido a esta característica de desova preferencial em ilhas oceânicas isoladas, esta espécie sofreu menor impacto de predação sobre ovos e fêmeas que outras espécies, e estas áreas de desova não estão sujeitas à ocupação desordenada da zona costeira. Esta espécie apresenta o maior número de indivíduos juvenis mortos encalhados ao longo da costa brasileira em decorrência do aumento da pesca costeira de emalhe.

A tartaruga-verde apresenta ciclo de vida longo, com maturação sexual entre 26 e 40 anos. É uma espécie altamente migratória. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar a mais de 1500 Km. São onívoros nos primeiros anos de vida e depois adotam dieta exclusivamente herbívora.

As cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, segundo critérios das listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Das cinco, quatro desovam no litoral – e, por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas. São elas: cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea).

De cada mil filhotes que nascem, somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. São inúmeros os obstáculos que enfrentam para sobreviver, mesmo quando se tornam juvenis e adultos. Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, destacando-se as seguintes: a pesca incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva; a fotopoluição; o trânsito de veículos nas praias de desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; a poluição dos oceanos e o aquecimento global.

Mais informações:
Telefone: 3254-3083
E-mail: atendimento.fauna@semace.ce.gov.br


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